Um nascimento inusitado em Brasília viralizou nas redes sociais e reacendeu debates sobre a eficácia dos métodos contraceptivos. O pequeno Bernardo veio ao mundo com o dispositivo intrauterino (DIU) da mãe colado à pele, especificamente na região do bumbum.
O parto foi conduzido pela ginecologista e obstetra Rafaela Frota, que registrou o momento e compartilhou a imagem que rapidamente repercutiu na internet. De acordo com a médica, o DIU estava preso apenas à camada de vernix caseosa — substância esbranquiçada que protege a pele do bebê durante a gestação, e não perfurou o corpo da criança.
A mãe, Amanda Gomes, de 31 anos, usava o DIU hormonal Kyleena desde 2021 e realizava acompanhamentos ginecológicos regulares. No entanto, ao apresentar um sangramento inesperado, buscou atendimento médico e descobriu que já estava com nove semanas de gestação. A gravidez foi considerada de alto risco devido a sangramentos e encurtamento do colo uterino.
Bernardo nasceu prematuro, com 35 semanas e 5 dias, por meio de uma cesariana de emergência. Apesar das adversidades, o bebê nasceu saudável.
A médica responsável ressaltou que o DIU é um dos métodos contraceptivos mais eficazes disponíveis, com taxa de falha inferior a 1%. No entanto, como destaca, nenhuma forma de contracepção é 100% eficaz, e casos como o de Amanda, embora raríssimos, podem acontecer.
Casos semelhantes já foram registrados anteriormente. Em 2023, uma jovem norte-americana viralizou ao postar no TikTok a imagem de seu filho recém-nascido segurando o DIU que ela utilizava.
O caso de Bernardo levanta discussões importantes sobre saúde reprodutiva, acesso à informação e o acompanhamento constante de métodos contraceptivos. A imagem do bebê com o DIU colado ao corpo serve como lembrete de que a medicina, por mais avançada que seja, ainda convive com os mistérios da biologia humana.