Exportações de carne de frango do Rio Grande do Sul foram suspensas após confirmação de foco em granja com mais de 17 mil aves reprodutoras
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou neste sábado (17) que já foram rastreados os ovos para incubação oriundos da granja localizada em Montenegro (RS), onde foi identificado um foco de influenza aviária de alta patogenicidade. As unidades que receberam os ovos estão situadas nos estados de Minas Gerais, Paraná e no próprio Rio Grande do Sul.
De acordo com o Mapa, as unidades foram notificadas e já estão adotando as medidas de saneamento previstas no Plano de Contingência para Influenza Aviária e Doença de Newcastle, que incluem a destruição dos ovos incubáveis como forma de mitigação de riscos. A medida tem caráter preventivo e visa proteger o setor avícola nacional.
O ministério destacou que não há evidências de que os ovos estejam contaminados pelo vírus da gripe aviária. Ainda assim, as ações de controle estão sendo executadas com base nos protocolos internacionais de biosseguridade e nas diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
O foco foi registrado em uma granja de produção de galinhas matrizes, que são aves reprodutoras destinadas à produção de ovos férteis, os quais são usados para a reprodução de frangos de corte e outras aves comerciais. No local, há mais de 17 mil aves sob controle sanitário.
Como parte das ações de contenção, o Mapa suspendeu temporariamente, na sexta-feira (16), as exportações de carne de frango produzida no Rio Grande do Sul. A suspensão é limitada ao estado e tem como objetivo preservar o status sanitário do Brasil perante os mercados internacionais.
O Mapa segue monitorando a situação e reiterou que o consumo de carne e ovos não oferece risco à saúde humana, desde que os produtos sejam devidamente cozidos. A influenza aviária não é transmitida por meio do consumo de alimentos, mas sim por contato direto com aves infectadas.