Com indícios evidentes de nepotismo direto e fortes sinais de nomeações cruzadas, a pergunta que ecoa nas ruas e redes sociais é simples, o que estão fazendo os vereadores que passaram uma semana inteira falando de combate à corrupção?
Enquanto posavam com faixas e discursos inflamados pela moralidade pública, alguns desses mesmos parlamentares negociavam cargos comissionados para votar na atual presidência da Câmara Municipal. É esse o padrão ético de quem se diz defensor da moralização?
A Prefeitura de Araucária mantém quase 350 cargos em comissão, em sua maioria usados como moeda política. Isso sem contar os inúmeros relatos de familiares e aliados de figuras do alto escalão ocupando espaços estratégicos da máquina pública. O povo está vendo.
E você eleitor, se lembra em quem votou? A cobrança precisa ser direta e constante. Vereador que aceita esse jogo sujo não está ao seu lado, está contra você.
Enquanto isso, nossos entes queridos seguem sofrendo e morrendo, em um sistema de saúde precarizado, onde faltam médicos, exames, estrutura e dignidade. O dinheiro que deveria ir para o básico está sendo drenado para manter cabides de emprego. Famílias inteiras de apadrinhados políticos concentram renda enquanto o povo padece até por um atendimento simples.
Estamos pagando vale-alimentação, salários polpudos, carros oficiais, diárias de viagens… Tudo isso para alimentar um sistema de privilégios que serve a poucos. E a cidade? Segue à deriva.
A hora é de indignação, mas também de ação. Cobrar, denunciar e expor. Porque cada centavo desviado em nome do apadrinhamento político é uma vida colocada em risco.