Vaticano, 13 de maio de 2025 — Em um dos seus primeiros pronunciamentos globais desde sua eleição ao pontificado, o Papa Leão XIV fez um apelo contundente pela libertação de jornalistas presos em regimes autoritários e zonas de conflito, reforçando o papel essencial da liberdade de expressão na construção de sociedades justas e democráticas.

Durante audiência pública na Praça de São Pedro, o pontífice destacou que “a liberdade de imprensa não é apenas um direito dos jornalistas, mas um bem precioso de toda a humanidade”. Ele ressaltou que “onde a voz da imprensa é silenciada, a dignidade humana é ferida e a verdade se torna refém do poder”.

Um pontificado com tom progressista

Desde sua eleição em abril, Leão XIV tem adotado uma postura pastoral voltada ao diálogo e aos direitos humanos, acenando para temas delicados como migração, justiça climática e, agora, liberdade de imprensa. Seu pronunciamento ocorre no contexto do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado recentemente em 3 de maio.

“A imprensa livre é o grito dos que não têm voz. É dever moral da comunidade internacional proteger os profissionais da informação que arriscam a própria vida para contar a verdade”, declarou o pontífice.

Conflitos, censura e perseguições

Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), mais de 500 jornalistas estão atualmente presos em diversos países, com destaque para regimes autoritários como China, Irã, Rússia e Mianmar. Além disso, há registro crescente de assassinatos e ameaças a profissionais da mídia em zonas de guerra, como Ucrânia, Sudão e Gaza.

Em sua fala, Leão XIV não mencionou diretamente nenhum país, mas o teor de seu discurso foi interpretado como uma crítica velada a governos que perseguem a liberdade de imprensa em nome da “segurança nacional” ou do “controle da narrativa”.

Apoio internacional e repercussão

A fala do Papa repercutiu entre lideranças internacionais e entidades de direitos humanos. A Anistia Internacional elogiou o posicionamento como “um chamado moral poderoso em tempos de repressão crescente”. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o apoio da Santa Sé pode fortalecer as iniciativas de proteção aos jornalistas em zonas de risco.

Nas redes sociais, jornalistas e veículos de comunicação também celebraram o gesto do pontífice. A hashtag #VozesLivres alcançou os trending topics em diversos países, em solidariedade aos comunicadores perseguidos.

Compromisso com a verdade

Finalizando sua mensagem, Papa Leão XIV reforçou que “a verdade é filha do tempo, mas também da coragem. Que nunca falte coragem àqueles que se dedicam a informar, esclarecer e educar, mesmo em meio à escuridão”.

Sua fala já é considerada por muitos como um dos primeiros marcos de seu pontificado, e reforça o papel da Igreja Católica na defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais no século XXI.

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