Ofensiva militar intensifica destruição e leva ONU a renovar alertas sobre risco de genocídio na Faixa de Gaza

Na mais recente escalada do conflito no Oriente Médio, bombardeios israelenses na Faixa de Gaza mataram mais de 250 pessoas em apenas dois dias, segundo informações do Ministério da Saúde local. A ofensiva, que inclui ataques aéreos e incursões terrestres, agrava ainda mais a crise humanitária no território palestino e eleva a pressão internacional por um cessar-fogo imediato.

As ações fazem parte da chamada “Operação Carros de Gideão”, lançada por Israel com o objetivo declarado de desarticular as forças do Hamas e forçar a libertação dos reféns capturados durante os ataques de 7 de outubro de 2023. Entre os alvos atingidos estão áreas densamente povoadas no norte de Gaza, como o campo de refugiados de Jabalia, resultando em inúmeras mortes de civis, incluindo mulheres e crianças.

A nova ofensiva também acompanha o avanço de um controverso plano israelense para ocupar militarmente grandes porções do território e forçar a realocação de mais de 2 milhões de palestinos para áreas próximas à fronteira com o Egito. A medida vem sendo duramente criticada por autoridades egípcias, organismos de direitos humanos e pela ONU, que classificam a proposta como um possível crime contra a humanidade.

COLAPSO HUMANITÁRIO

A situação em Gaza é descrita como “insustentável” por agências internacionais. Com hospitais lotados ou destruídos, acesso restrito a alimentos, água potável e medicamentos, e deslocamento forçado da maioria da população, o território vive o que especialistas consideram uma das piores catástrofes humanitárias do século.

“O risco de fome em massa é real. Estamos vendo uma população inteira sendo privada dos meios básicos para sobreviver”, alertou Martin Griffiths, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários.

Desde o início da guerra, mais de 53 mil palestinos morreram, e quase todos os 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados de suas casas. A maioria vive agora em abrigos improvisados e sem infraestrutura básica, sob constante ameaça de novos ataques.

REAÇÕES INTERNACIONAIS

Diversos líderes mundiais condenaram a nova onda de violência. O secretário-geral da ONU, António Guterres, renovou o apelo por um cessar-fogo imediato e cobrou respeito às leis internacionais de proteção aos civis. Alemanha, China e França também se pronunciaram em apoio à trégua e à retomada das negociações.

Nos bastidores, representantes do Hamas, do Catar, dos Estados Unidos e do Egito continuam reunidos em Doha, tentando chegar a um novo acordo de cessar-fogo. O Hamas exige a retirada total das tropas israelenses de Gaza como condição para a libertação dos reféns restantes.

Enquanto isso, o número de mortos continua a subir, e a população de Gaza segue sob cerco, aguardando por uma resposta da comunidade internacional que possa pôr fim ao ciclo de violência e destruição.

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