Uma fraude de proporções nacionais voltou a atingir em cheio aposentados e pensionistas de Araucária. De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), associações suspeitas de má-fé vêm realizando descontos indevidos diretamente nos benefícios previdenciários, sem qualquer autorização formal dos beneficiários. A estimativa nacional é de que mais de 9 milhões de pessoas tenham sido lesadas entre 2019 e 2024, gerando um rombo de R$ 6,3 bilhões.
Em Araucária, onde são pagos atualmente 22.641 benefícios previdenciários, ainda não há dados oficiais sobre a quantidade de pessoas afetadas. No entanto, relatos de moradores que se depararam com descontos misteriosos em seus extratos têm se tornado cada vez mais frequentes.
O INSS, por sua vez, começou a enviar notificações via aplicativo Meu INSS para alertar os segurados sobre os descontos ilegais e informar sobre futuros ressarcimentos. Ainda assim, muitos aposentados, especialmente os mais idosos, não têm acesso facilitado a meios digitais, e acabam desamparados, sem saber como agir.
E O PROCON DE ARAUCÁRIA?
Diante de um cenário tão grave, fica a pergunta: o que o Procon de Araucária está fazendo para auxiliar esses beneficiários que foram lesados?
O órgão de defesa do consumidor tem papel central em situações como essa, especialmente na orientação, intermediação de conflitos e mobilização de ações coletivas. No entanto, até o momento, não há ampla divulgação por parte do Procon municipal sobre ações específicas voltadas aos aposentados e pensionistas afetados por esses descontos ilegais.
A população quer saber:
- O Procon está prestando atendimento direcionado aos prejudicados?
- Existe algum canal de orientação específico para esse caso?
- Há previsão de mutirões, atendimentos itinerantes ou ações em parceria com o INSS para facilitar o acesso dessas pessoas às informações?
- O órgão tem articulado com o Ministério Público ou a Defensoria Pública alguma medida coletiva para garantir o ressarcimento dos valores descontados ilegalmente?
Diante de um golpe que atinge justamente os mais vulneráveis, idosos, muitos sem instrução digital, é urgente que o Procon de Araucária se posicione publicamente. A sociedade espera medidas práticas e informação clara, acessível e ampla, para garantir que os direitos dos aposentados sejam respeitados e que os responsáveis por esses atos sejam responsabilizados.