O vereador Pastor Castilhos (PL) apresentou a Indicação nº 1825/2025, propondo a criação de um programa psicológico gratuito para pessoas com vínculos afetivos patológicos com bonecas “bebê reborn”. Isso mesmo. Em meio ao colapso da saúde pública, temos vereador priorizando uma pauta que parece saída de corrente de WhatsApp.

Enquanto isso, nossa equipe recebeu um pedido de socorro: uma paciente com deficiência visual e intelectual, internada na UPA com uma infecção ocular grave, está há mais de 24 horas aguardando transferência para o Hospital Municipal de Araucária (HMA). A paciente precisa de anestesia geral para drenar a infecção, procedimento que não pode ser feito na UPA.

Buscamos informações sobre a vaga e o retorno foi claro, não há leitos disponíveis, pois estão ocupados por outros pacientes que passaram por cirurgias. Ou seja, não há estrutura sequer para os casos urgentes e reais, e nem prioridades para buscar um outro hospital e resolver o problema desta paciente.

Enquanto faltam médicos, psicólogos, psiquiatras, medicamentos, estrutura física e atendimento básico para pessoas com deficiência e transtornos mentais graves, o Legislativo municipal gasta tempo propondo um programa exclusivo para quem sofre por apego emocional a bonecas hiper-realistas.

Essa é a prioridade?
A paciente real, vulnerável, em dor e invisibilizada, é tratada com menos urgência do que um “bebê reborn”. Pois é isso que parece.

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