A prévia da inflação oficial do Brasil registrou alta de 0,36% em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 27 de maio, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumula avanço de 2,80% no ano e de 5,40% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,49% registrados até abril.
O principal fator de pressão no índice foi o aumento no custo da energia elétrica residencial, que subiu 1,68%, influenciado pela mudança para a bandeira tarifária amarela, que inclui uma cobrança adicional de R$1,885 a cada 100 kWh consumidos. Esse item, isoladamente, teve o maior impacto individual no IPCA-15 do mês.
O grupo Habitação subiu 0,67% puxado pela energia elétrica. Outro setor que teve forte influência foi Vestuário, com aumento de 0,92%, impulsionado pelos preços das roupas femininas (1,56%), masculinas (0,92%) e infantis (0,36%).
Também se destacou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que teve alta de 0,91%, refletindo os efeitos do reajuste de até 5,09% autorizado para os medicamentos a partir do fim de março. Já o grupo Transportes teve queda de 0,29%, favorecido pela redução nos preços das passagens aéreas e em tarifas de ônibus urbano em algumas regiões.
O resultado de maio veio abaixo das expectativas do mercado, que projetava uma alta de 0,44% para o IPCA-15 do mês. A desaceleração pode ter impacto nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que monitora os movimentos inflacionários para definir os rumos da taxa básica de juros, a Selic.
O IPCA-15 é calculado com base em preços coletados entre os dias 15 do mês anterior e 15 do mês de referência, nas principais regiões metropolitanas do país. Ele antecipa o comportamento do IPCA cheio, que será divulgado pelo IBGE no início de junho.
