O ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato republicano Donald Trump anunciou neste sábado (17) que fará uma ligação oficial ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, na próxima segunda-feira (19), com o objetivo declarado de “acabar com o banho de sangue” na guerra entre Rússia e Ucrânia.
A declaração foi feita durante um comício em Ohio, onde Trump afirmou que milhares de soldados estão morrendo semanalmente em um conflito que “nunca deveria ter ocorrido”. “Putin me respeita. Eu vou ligar para ele às 10h da manhã e vamos pôr um fim nisso”, afirmou o ex-presidente, prometendo também conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A iniciativa ocorre dias após um raro avanço diplomático em Istambul, onde delegações russas e ucranianas acertaram a troca de mil prisioneiros de guerra de cada lado. No entanto, uma proposta de cessar-fogo de 30 dias apresentada pelos Estados Unidos e países europeus foi rejeitada por Moscou, que exige condições específicas da Ucrânia para suspender os ataques.
O Kremlin confirmou que a ligação entre Trump e Putin está em fase de preparação. Já o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou apoio ao movimento, dizendo que “qualquer esforço sério para encerrar o conflito merece consideração”.
Trump tenta posicionar-se como mediador capaz de resolver a guerra, um dos maiores desafios geopolíticos da atualidade. A guerra, que já dura mais de três anos, deixou centenas de milhares de mortos e provocou uma crise humanitária sem precedentes na região.
A comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos das conversas previstas, que, se bem-sucedidas, podem representar uma reviravolta nas tentativas de pacificação do conflito.
